Anticoagulants versus antiplatelet therapy for preventing stroke in patients with nonrheumatic atrial fibrillation and a history of stroke or transient ischemic attack

作者
类别 Systematic review
期刊Cochrane Database of Systematic Reviews
Year 2004
INTRODUÇÃO: Pacientes com fibrilação atrial não reumática (NRAF) que tiveram um ataque isquêmico transitório (TIA) ou um acidente vascular cerebral isquêmico menor têm alto risco de sofrer um AVC recorrente. Tanto a varfarina e aspirina têm sido indicadas para diminuir a recorrência destes eventos vasculares. OBJETIVOS: O objetivo desta revisão foi comparar os efeitos dos anticoagulantes com os agentes antiplaquetários, para prevenção secundária, em pacientes com NRAF e isquemia cerebral prévia. MÉTODOS DE BUSCA: Nós pesquisamos na the Cochrane Stroke Group trials register (última pesquisa realizada em 09 de Junho de 2003) e contatados seus respectivos autores dos ensaios clínicos. CRITÉRIO DE SELEÇÃO: Ensaios clínicos randomizados comparando o uso de anticoagulantes orais com agentes antiplaquetários em paciente com NRAF e TIA prévia ou acidente vascular cerebral isquêmico menor. COLETA DOS DADOS E ANÁLISES: Ambos os autores extraíram e analisaram os dados. PRINCIPAIS RESULTADOS: Foram identificados dois ensaios clínicos. O European Atrial Fibrillation Trial (EAFT) envolvendo 455 pacientes, que receberam ou anticoagulantes ajustados conforme Razão Normalizada Internacional (International Normalised Ratio (INR)) 2,5-4,0, ou aspirina (300 mg/dia). Os pacientes foram incluídos no ensaio clínico até três meses após o episódio de TIA ou do acidente vascular cerebral isquêmico menor. O seguimento médio foi de 2,3 anos. No ensaio clínico do Studio Italiano Fibrillazione Atriale (SIFA), 916 pacientes com NRAF e TIA ou acidente vascular cerebral isquêmico menor dentro dos 15 dias prévios foram randomizados para receber anticoagulantes (INR 2,0-3,5) ou indobufeno (um inibidor reversível da ciclooxigenase plaquetária, 100 ou 200mg BID). O período de seguimento foi de um ano. Os resultados combinados mostraram que anticoagulantes foram significantemente mais efetivos do que a terapia com antiplaquetários para todos os eventos vasculares (Peto odds ratio (Peto OR) 0,67; intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,50-0,91) e para acidentes vasculares cerebrais recorrentes (Peto OR 0,49; IC 95%: 0,33-0,72). Complicações hemorrágicas extracranianas ocorreram com mais frequência em pacientes que utilizaram anticoagulantes (Peto OR 5,16; IC 95%: 2,08-12,83), mas a diferença absoluta foi pequena (2,8% por ano em comparação a 0,9% em EAFT, e 0,9% por ano em comparação 0% em SIFA). A varfarina não causou um aumento significante de hemorragias intracranianas. CONCLUSÃO DOS AUTORES: As evidências provindas dos dois ensaios clínicos sugerem que a terapia com anticoagulante é superior à terapia antiplaquetária para prevenção de acidente vascular cerebral em pacientes com NRAF e AVC não incapacitante recente ou TIA. O risco de hemorragias extracranianas foi maior com a terapia por anticoagulantes do que com terapia antiplaquetária. NOTAS DE TRADUÇÃO: Traduzido por: Bruna Cipriano Almeida Barros; Luciane Cruz Lopes, Unidade de Medicina Baseada em Evidências da Unesp, Brazil Contato: portuguese.ebm.unit@gmail.com
Epistemonikos ID: 569a37f6cac8401eb665981db6fd51c588cc2946
First added on: Oct 11, 2011